Trilogia O Tempo e o Vento de Erico Verissimo.
O Continente Vol. 1 e 2
O Retrato Vol. 1 e 2
O Arquipélago Vol. 1, 2 e 3
Após anos debruçando-me sobre a mesma ... terminei.
E já faz uns 15 dias ...
Ainda me lembro do momento que deitei na cama e comecei a ler O Continente, quando ainda estava no colégio (na verdade, foi leitura obrigatória), e desde o primeiro parágrafo já fui conquistado. Foi entre 1998 e 1999 isso, não lembro com precisão.
Não, eu não demorei mais de uma década pra ler 7 livros. Apesar de eu ler com pouca frequência, como já expliquei neste post, eu também li outros (não muitos) livros nesse meio tempo. Além do mais, eu li O Continente inteiro para o colégio, e, na faculdade, quando consegui adquirir os volumes d'O Retrato e d'O Arquipélago na edição que eu queria, decidi reler O Continente para ENGENDRAR uma experiência mais completa. Mas CHEGA de explicações e vamos pro lado bom da coisa.
Pra quem não sabe, a trilogia mostra a trajetória de uma família do início da colonização do Rio Grande do Sul, desde a época dos padres jesuítas nas Missões, até o final da Segunda Guerra Mundial, cobrindo 200 anos de história gaúcha.
Me lembro que o "primeiro" contato que tive com esse universo foi porque, quando PIMPOLHO, fui algumas vezes jantar na SAUDOSA churrascaria Capitão Rodrigo que existia no Hotel São Rafael. Anos depois eu fui descobrir o porque daquele nome, assim como conhecer outros personagens emblemáticos como Ana Terra, Bibiana, Floriano, Maria Valéria, etc ...
Como eu mencionei, fui conquistado desde o primeiro parágrafo, porque a escrita de Erico Verissimo era muito prazerosa de ler, e ainda tratava de assuntos da minha terra (virei gaúcho da fronteira agora), questões com as quais era possível identificar-me.
Há uma clara diferenciação d'O Continente pras outras duas partes. Só estes dois primeiros livros abrangem cerca de 150 anos, mostrando a origem e primeiras gerações da família Terra-Cambará e a rivalidade com a família Amaral, envolvendo a fundação de Santa Fé, cidade fictícia onde se passa a história. Já as outras duas partes focam especialmente a vida de Rodrigo Cambará, bisneto do Capitão Rodrigo. São livros que não são tão GOSTOSOS de ler quanto os dois primeiros, devido a muita discussão política que está presente (em particular, um trecho que ficam umas 50 (30?) páginas discutindo Getúlio Vargas foi especialmente aborrecedor), mas ainda assim uma RICA leitura.
- Não esquecerei que o filho do Erico Verissimo, Luis Fernando Verissimo, numa das atitudes mais impensadas da sua vida, cedeu os direitos da adaptação da obra para o Cinema a Jayme Monjardin.
- Não esquecerei da questão mal formulada pela PROFE no colégio que fez eu "errar" na prova de Literatura, mesmo depois de eu explicar porque eu estava CERTO e ela não admitiu que formulou mal, desejosa de outra resposta (dava menos dor de cabeça e trabalho pra ela que anular a questão). (Em homenagem a ela formulei mal pra caralho esse parágrafo. Até dói ler, mas dá menos trabalho deixar assim).
- Não esquecerei da questão que apareceu no vestibular sobre a trilogia, a qual aguardava ansioso, pronto pra responder qualquer coisa, mesmo sem ter lido inteira naquela época. (Mentira, nem lembro do que tratava a questão, mas lembro que teve uma.)
Recomendo a todos.
Capas. :)